E morará o lobo com o cordeiro e o leopardo com o cabrito se deitará e o bezerro e o filho do leão e a nédia da ovelha viverão juntos e um menino pequeno os guiará.
ISAIAS, 11.6
27/12/2008
17/12/2008
Perder
Em 2008 perdi amigos, família, estranhos que se aproximavam...
Uns morreram, outros afastaram-se
A morte que leva uns não é a da mesma raça das razões que afastaram os outros
A morte é brutal,crua, verdadeira... As razões para os afastamentos foram mentiras, medo, invejas, egoísmos.
Não sei se só a morte nos aproximará de novo, ou se tudo um dia será explicado por uma outra qualquer razão que me escapa neste momento.
Será que só conseguimos estar perto de quem está mais longe? Será a proximidade tão difícil de manter?
Uns morreram, outros afastaram-se
A morte que leva uns não é a da mesma raça das razões que afastaram os outros
A morte é brutal,crua, verdadeira... As razões para os afastamentos foram mentiras, medo, invejas, egoísmos.
Não sei se só a morte nos aproximará de novo, ou se tudo um dia será explicado por uma outra qualquer razão que me escapa neste momento.
Será que só conseguimos estar perto de quem está mais longe? Será a proximidade tão difícil de manter?
01/12/2008
A Neve
O silêncio branco da tua boca
dança uma valsa no meu cabelo
ao som do vento.
Subimos o rodopio agreste,
contando os passos,
no segundo a seguir à morte
O deserto ergeu-se, em calor e sede
atravessado em rastos
de miragens
seguiu-se a intensidade da luz.
Sobrou o corpo.
Quieto na terra, gelado.
dança uma valsa no meu cabelo
ao som do vento.
Subimos o rodopio agreste,
contando os passos,
no segundo a seguir à morte
O deserto ergeu-se, em calor e sede
atravessado em rastos
de miragens
seguiu-se a intensidade da luz.
Sobrou o corpo.
Quieto na terra, gelado.
09/11/2008
08/11/2008
07/11/2008
05/11/2008
29/10/2008
Poluição Electromagnética
Aqui fica uma receita que pode ajudar.
Para aliviar os efeitos, sobre o nosso corpo, da poluição electromagnética, a tal que não está provado que tenha efeitos indesejados...
Um banho de água bem quente com:
Meio kilo de sal marinho e outro meio ( pode sem um pouco menos)de fermento de cozinha. Meta-se dentro da banheira e deixe-se ficar até a água arrefecer.
Os sintomas podem ser: dores de cabeça, dores musculares, nauseas, tonturas e problemas de equilíbrio.
Tiraddo daqui
Para aliviar os efeitos, sobre o nosso corpo, da poluição electromagnética, a tal que não está provado que tenha efeitos indesejados...
Um banho de água bem quente com:
Meio kilo de sal marinho e outro meio ( pode sem um pouco menos)de fermento de cozinha. Meta-se dentro da banheira e deixe-se ficar até a água arrefecer.
Os sintomas podem ser: dores de cabeça, dores musculares, nauseas, tonturas e problemas de equilíbrio.
Tiraddo daqui
18/10/2008
Deusa Branca
Algo se recolhe porta atrás de porta.
Algo procura o centro.
Não busca o mundo. Só quer absorver-se
perceber-se a si mesma
soberanamente.
Quer estar imóvel
na lenta plenitude
sem paixões.
Quer perpetuar-se abandonada isenta
atenuada e serenamente deslumbrante.
Quer secretamente ser sempre encantada
sem pedir mais que o oiro do seu sossego.
Longe, longe está do mundo, sem instrumentos,
mas o seu peito tm mil portas abertas.
Ela ascenndeu vagarosa por imponderável adesão
e sem desejos, o seu Desejo consumando
na chama intemporal que é o seu corpo amante
Ninguém poderá chamar o seu nome ardente.
A sua certeza é ninguém e o seu ócio vazio.
Já não se opõe a sim mesma no seu único arco
em que reuniu os dois pólos num inviolável nascer.
Está com todo o intacto remotíssima e presente.
Sabe e tudo o que sabe é áerea plenitude
que transparece nos meandros do silêncio.
Ouve-se a frescura através da distância
É uma Deusa Branca.
A. Ramos Rosa
01/10/2008
Oneness
Nunca consegui assumir-me como ateia, mas a religião sempre me incomodou. Desde a infância num colégio de freiras, atormentada pelo medo de aparições, até ao testemunho, já crescida, dos efeitos destruidores que as religiões transportam consigo. Tenho no entanto aproximações a estados de espírito que poderia descrever como próximos de um qualquer sentido religioso, por exemplo, em contacto com a natureza. Apesar de me incomodar, é por isso, também, um assunto que me interessa.
A proximidade que existe entre as religiões sempre me intrigou... Hoje descobri este livro que gostaria de ler, a este propósito. O Dalai Lama é o líder religioso com quem mais simpatizo e ele tem sido um grande defensor desta "Oneness". Será que unindo os Todos o Um se dissipará?
23/09/2008
MOEBIUS e os meus dias na terra
Lembrar
O tempo em que saia para pescar cristais
em planetas ao virar da esquina
repletos de espaço azul e liberdade
O tempo em que alguém
Tomava conta dos meus dias na terra
22/09/2008
20/09/2008
Depois acontecem cenas destas....e deviam mesmo acontecer mais vezes...
Isto faz-me lembrar um filme de que eu gosto muito que se chama "Falling Down", onde um homem desempregado chega ao seu limite, durante um congestionamento de tráfego, e resolve reagir às injustiças que se atravessam no seu caminho...
E o Michael Douglas está bem giro neste filme!!!
Isto faz-me lembrar um filme de que eu gosto muito que se chama "Falling Down", onde um homem desempregado chega ao seu limite, durante um congestionamento de tráfego, e resolve reagir às injustiças que se atravessam no seu caminho...
E o Michael Douglas está bem giro neste filme!!!
Resistentes
Este Senhor é um cartoonista famoso e foi despedido do jornal satírico Charlie Hebdo com uma acusação que mistura anti-semitismo com Jean Sarkozy... A saber aqui. Agora lançou a sua própria publicação: o Siné Hebdo conseguiu em muito pouco tempo reunir um número considerável de colaboradores, ou melhor resistentes, e pôr a sua publicação nas bancas. Já saiu o primeiro número.
Há muitos casos destes a acontecerem todos os dias, as publicações/empresas despedem sem justa causa por todo o lado. Um caso berrante, que conheço pessoalmente, é o do jornalista João Miguel Figueiredo Silva, despedido da Edimpresa depois de mais de 10 anos à frente da edição da revista Arquitectura e Vida, com excelentes resultados.
19/09/2008
18/09/2008
Hipsters
A propósito dos Hipsters aqui está um handbook para ficar a saber tudo...
Alguém se revê na descrição?
Definition of a Hipster
Hipster - One who possesses tastes, social attitudes, and opinions deemed cool by the cool. (Note: it is no longer recommended that one use the term "cool"; a Hipster would instead say "deck.") The Hipster walks among the masses in daily life but is not a part of them and shuns or reduces to kitsch anything held dear by the mainstream. A Hipster ideally possesses no more than 2% body fat.
Alguém se revê na descrição?
Definition of a Hipster
Hipster - One who possesses tastes, social attitudes, and opinions deemed cool by the cool. (Note: it is no longer recommended that one use the term "cool"; a Hipster would instead say "deck.") The Hipster walks among the masses in daily life but is not a part of them and shuns or reduces to kitsch anything held dear by the mainstream. A Hipster ideally possesses no more than 2% body fat.
The Death of Cool - It's About Time!
Aqui está um artigo bem feito sobre a importância que os jovens, de hoje, dão ao estilo de roupa que usam.
A conclusão é interessante:
"If style ceases to communicate the way it used to, then we may potentially see the death of cool as we know it.
Maybe it's about time."
A conclusão é interessante:
"If style ceases to communicate the way it used to, then we may potentially see the death of cool as we know it.
Maybe it's about time."
15/09/2008
cantos religiosos num ritmo sincopado
qawwali é o nome destes cânticos entoados pelos Sufis . Aqui Nusrat Fateh Ali Khan interpreta um destes cânticos.
12/09/2008
Kas
Mais um encontro com o passado. Os Kas são uma banda francesa de Electro Punk do ínicio dos anos 80 fundada por Spatsz e Mona Soyoc Estes dois...
11/09/2008
A luta dá trabalho
A propósito do Post anterior, penso que devia intervir e participar mais nas lutas em que acredito. Sem partido mas com consciência cívica. Mas tudo isso dá trabalho, ocupa tempo, quando cada vez se sente mais falta dele. A democracia dos partidos é fácil. Niguém tem de se preocupar com nada. É só naquele dia, naquele domingo... se estiver sol... ir à mesa de voto mais próxima e colocar o papelinho na urna. Ufa.. dá para quatro anos...
Cada vez desconfio mais do que é fácil, do que é confortável,do quentinho...
Vivemos em sociedades super protectoras. Não estamos habituados a desconfortos. Não vou ao ponto de falar do frio nem da fome... falo de não fazer queixas no livro amarelo porque é uma chatice... não separar o lixo porque é uma porcaria... não ler porque se optou por ver um filme na televisão...enfim...
Pequenos sintomas de uma preguiça monumental que me parece estar a paralizar o mundo, em favor de uns poucos que lucram que se fartam com isso.
Toca a levantar esses rabos gordos dos sofás!
Tá tudo parvo ou k?
Cada vez desconfio mais do que é fácil, do que é confortável,do quentinho...
Vivemos em sociedades super protectoras. Não estamos habituados a desconfortos. Não vou ao ponto de falar do frio nem da fome... falo de não fazer queixas no livro amarelo porque é uma chatice... não separar o lixo porque é uma porcaria... não ler porque se optou por ver um filme na televisão...enfim...
Pequenos sintomas de uma preguiça monumental que me parece estar a paralizar o mundo, em favor de uns poucos que lucram que se fartam com isso.
Toca a levantar esses rabos gordos dos sofás!
Tá tudo parvo ou k?
Um Mundo Sem Muros
Defensores de “um mundo sem muros” reúnem-se na Espanha
"Milhares de pessoas, dispostas a não fechar os olhos diante das conseqüências do crescente número de migrantes em todo o mundo, se reunirão esta semana na cidade espanhola de Rivas Vacimadrid. O lugar de encontro destes militantes, professores, artistas e cidadãos de todo o mundo, será o III Fórum Social Mundial das Migrações (FSMM).
Sob o lema “Nossas vozes, nossos direitos por um mundo sem muros”, o evento reunirá mais de dois mil representantes de organizações sociais de quase 90 países e um número ainda não calculado de participantes.
De acordo com o secretário do Grito dos Excluídos Continental e um dos organizadores do fórum, Luis Basségio, a intenção do evento é construir um mundo sem muros físicos nem virtuais. É fortalecer a luta pela integração dos povos e pela defesa dos direitos dos imigrantes."
Noticia tirada daqui: Rádio Agência Notícias do Planalto
"Milhares de pessoas, dispostas a não fechar os olhos diante das conseqüências do crescente número de migrantes em todo o mundo, se reunirão esta semana na cidade espanhola de Rivas Vacimadrid. O lugar de encontro destes militantes, professores, artistas e cidadãos de todo o mundo, será o III Fórum Social Mundial das Migrações (FSMM).
Sob o lema “Nossas vozes, nossos direitos por um mundo sem muros”, o evento reunirá mais de dois mil representantes de organizações sociais de quase 90 países e um número ainda não calculado de participantes.
De acordo com o secretário do Grito dos Excluídos Continental e um dos organizadores do fórum, Luis Basségio, a intenção do evento é construir um mundo sem muros físicos nem virtuais. É fortalecer a luta pela integração dos povos e pela defesa dos direitos dos imigrantes."
Noticia tirada daqui: Rádio Agência Notícias do Planalto
30/08/2008
WanderLust, Bjork
I am leaving this harbour
Giving urban a farewell
Its habitants seem to keen on God
I cannot stomach their rights and wrongs
I have lost my origin
And I don't want to find it again
Whether sailing into nature's laws
And be held by ocean's paws
Wanderlust! relentlessly craving
Wanderlust! peel off the layers
Until we get to the core
Did I imagine it would be like this?
Was it something like this I wished for?
Or will I want more?
Lust for comfort
Suffocates the soul
Relentless restlessness
Liberates me (sets me free)
I feel at home
Whenever the unknown surrounds me
I receive its embrace
Aboard my floating house
Wanderlust! relentlessly craving
Wanderlust! peel off the layers
Until we get to the core
Did I imagine it would be like this?
Was it something like this I wished for?
Or will I want more?
Wanderlust! from island to island
Wanderlust! united in movement
Wonderful! I'm joined with you
Wanderlust!
Can you spot a pattern?
(relentlessly restless)
Can you spot a pattern?
Can you?
Giving urban a farewell
Its habitants seem to keen on God
I cannot stomach their rights and wrongs
I have lost my origin
And I don't want to find it again
Whether sailing into nature's laws
And be held by ocean's paws
Wanderlust! relentlessly craving
Wanderlust! peel off the layers
Until we get to the core
Did I imagine it would be like this?
Was it something like this I wished for?
Or will I want more?
Lust for comfort
Suffocates the soul
Relentless restlessness
Liberates me (sets me free)
I feel at home
Whenever the unknown surrounds me
I receive its embrace
Aboard my floating house
Wanderlust! relentlessly craving
Wanderlust! peel off the layers
Until we get to the core
Did I imagine it would be like this?
Was it something like this I wished for?
Or will I want more?
Wanderlust! from island to island
Wanderlust! united in movement
Wonderful! I'm joined with you
Wanderlust!
Can you spot a pattern?
(relentlessly restless)
Can you spot a pattern?
Can you?
Um OVNI Na Póvoa do Varzim
A programação do Festival Músicas do Mar escolheu os "Dengue Fever" para o cartaz deste ano. O concerto foi ontem, no passeio marítimo da Póvoa do Varzim com entrada gratuita.
Fui ver e gostei. E a "Quarteira" do Norte lá respondeu, com umas centenas de pessoas a assistir. Não deixou de ser um espectáculo estranho, ver aquela banda, naquele sítio. Mas é assim que imagino o futuro e os Dengue Fever fazem de certeza parte desse futuro!
Fui ver e gostei. E a "Quarteira" do Norte lá respondeu, com umas centenas de pessoas a assistir. Não deixou de ser um espectáculo estranho, ver aquela banda, naquele sítio. Mas é assim que imagino o futuro e os Dengue Fever fazem de certeza parte desse futuro!
27/08/2008
11th Hour
Mais um documentário a lembrar o que se pode, ainda, fazer para que não seja tarde demais...
25/08/2008
Cães aos Círculos
E este chico/Caetano fez-me lembrar que por vezes parecemos cães aos círculos. Damos voltas e voltas para encontrar o sítio certo. O Chico e o Caetano são um dos meus sítios certos.
E já agora uma homenagem a dois músicos que encontraram o cão dentro do círculo:
Cães aos círculos
E já agora uma homenagem a dois músicos que encontraram o cão dentro do círculo:
Cães aos círculos
17/08/2008
Já é tempo de largar as cordas e zarpar....
Herberto Helder descrito numa e-magazine brasileira.
Vale a leitura!
(Ver as entradas anteriores: sereias II III e IV)
Sereias IV
E para terminar: (...)É nesse sentido que, de algum modo, a poesia de Herberto Helder passa a ser exemplar para a literatura portuguesa, para língua e para a cultura do canto de Camões, a do “Eu canto ao peito ilustre lusitano”, mostrando que tal canto, tal peito, e tal lusitano serão tanto mais ilustres quanto mais puderem, cada qual, abandonar seus dilemas, suas lembranças imperiais, seus ressentimentos e pretensões histórico-colonizadores, lançando-se à abertura sedutora dos cantos das Sereias universais, não para inferiorizá-los, não para abandoná-los tão logo os tenha ouvido, mas como abertura sem fim, capaz de ajudar a diluir, em sua potência descentralizadora, em sua miscigenação ibérico-católico-tribal, as muitas outras forças bélicas que tentam, hoje, inviabilizá-la, dotando-a, a literatura de língua portuguesa, de velhas e novas incursões expansivas, não mais imperiais, mas como nome que detém o seu próprio canto fabuloso e amoroso. (...)
Sereias III
Sobre Herberto Helder e ainda as sereias...
(...) Para tanto, sua poesia recusa tapar os sentidos, não se engana com tolices de estratégias infantis, como a de Ulisses, com o uso da cera, pois sabe que o devir mundo, que o devir exterioridade, que o devir Sereia, vale dizer lúdico, estético, artístico, poemático, não têm que se condicionar e se limitar a objetivos e a determinismos econômicos, culturais, familiares, acadêmicos, uma vez que o canto, o canto que encanta, o canto da sedução, que seduz e é seduzido, a um tempo, deve crescer “tomando tudo em seu regaço”, deve, enfim, crescer e se embriagar de vinhos gerais, de sentidos gerais, sem auto-ilusão, sem fracos argumentos de ceras no ouvido, uma vez que a dignidade de sua presença está na proporção da sua abertura auditiva; uma abertura que, mais que ser reduzida e deslibidinizada por objetivos prisionais, como o de ter que se amarrar em mastros, como o de prender-se a uma única família afetiva, mesmo que esta família seja a humanidade inteira, enfim, mais que se limitar a subjetividades e a identidades particulares, sua abertura as envolve também, as inclui, pois sabe que mesmo os mastros fálicos fazem parte da exterioridade e o melhor caminho para deslocar a sua pretensão imperial constitui o de transformá-los em exterioridades entre outras, para além e para aquém de quaisquer formas de exclusividade, diluindo-os, assim, na trama infinita de uma infinidade de outros afetos mundanos.(...)
(...) Para tanto, sua poesia recusa tapar os sentidos, não se engana com tolices de estratégias infantis, como a de Ulisses, com o uso da cera, pois sabe que o devir mundo, que o devir exterioridade, que o devir Sereia, vale dizer lúdico, estético, artístico, poemático, não têm que se condicionar e se limitar a objetivos e a determinismos econômicos, culturais, familiares, acadêmicos, uma vez que o canto, o canto que encanta, o canto da sedução, que seduz e é seduzido, a um tempo, deve crescer “tomando tudo em seu regaço”, deve, enfim, crescer e se embriagar de vinhos gerais, de sentidos gerais, sem auto-ilusão, sem fracos argumentos de ceras no ouvido, uma vez que a dignidade de sua presença está na proporção da sua abertura auditiva; uma abertura que, mais que ser reduzida e deslibidinizada por objetivos prisionais, como o de ter que se amarrar em mastros, como o de prender-se a uma única família afetiva, mesmo que esta família seja a humanidade inteira, enfim, mais que se limitar a subjetividades e a identidades particulares, sua abertura as envolve também, as inclui, pois sabe que mesmo os mastros fálicos fazem parte da exterioridade e o melhor caminho para deslocar a sua pretensão imperial constitui o de transformá-los em exterioridades entre outras, para além e para aquém de quaisquer formas de exclusividade, diluindo-os, assim, na trama infinita de uma infinidade de outros afetos mundanos.(...)
Canto das Sereias II
(...) Ter que ser amarrado para ouvir - e ao mesmo tempo para evitar a sedução das sereias -, antes de tudo, mais do que a epopéia de uma força de vontade, como sugere a narrativa de Homero, evidencia a covardia de uma vontade que pretende recusar à multiplicidade de mundos no mundo, para fechar-se apenas no mundo da razão instrumental, esta que não conhece senão a façanha de sua vontade de colonizar, ignorar, matar, explorar, enganar, em nome do império de poucos, em nome de nomes próprios, de sangues azuis, de uma genealogia de poucos acantonados em seus próprios impróprios poderes, hierarquias, domínios, vantagens, privilégios:(...)
Um pouco do texto, sobre Herberto Helder, tirado daqui: Agulha.
Mais: (...)Em termos contemporâneos, perder os cheiros do mundo, perguntar sobre o vinho, o vinho?, constitui uma espécie paradoxal de despiste, um jogo de cena, a que chamamos hoje de negociação, e cujo paradigma continua sendo a exemplaridade da versão homérica do mito das Sereias, em Odisséia, cuja divisa pressuposta é: para poder ouvir o canto das sereias, vale dizer, para negociar com o canto das diferenças, é mister ouvir sem se seduzir pela potência perturbadora do canto alheio, do canto da diversidade, configurando o modelo de uma negociação hipócrita, porque continua amarrada em seu lugar, em sua própria identidade, em sua própria visão de mundo, em seu próprio modelo civilizatório de gênero, de etnia, de classe, de antropocentrismo, vale dizer, continua amarrado no modelo dominante da heterossexualidade patriarcal, monogâmica, publicitária, plutocêntrica, antropocêntrica, anglo-saxônica, sendo, portanto, uma negociação que apenas negocia a si mesma, que usa e abusa das polifonias alheias para melhor afirmar a sua monotonia imperial, que lembra das diferenças de cultura, de civilizações, de devires outros, para esconjurá-los do quotidiano, do dia-a-dia; que lembra, enfim, porque esqueceu de vivê-las, de experimentá-las, sem mastros e sem farsantes negociações, porque está morto e já não pode ser senão ritual de lembranças, como sugere a continuação do mesmo poema de Herberto Helder:"Então lembrarei a vermelha resina, o espesso/ murmúrio do sangue./o acre e sobrenatural aroma das acácias./Tentarei encontrar uma forma. Guitarras pensarão a alegrias noturnas./Com beijos antigos um momento ainda queimarei/o corpo solitário da amada, direi palavras de uma ternura de azêbre./Uma lua partida penderá do meu sexo morto/ e uma vez mais me perderei, dizendo: o vinho?/ Rosa a rosa murcharão meus ombros"
Um pouco do texto, sobre Herberto Helder, tirado daqui: Agulha.
Mais: (...)Em termos contemporâneos, perder os cheiros do mundo, perguntar sobre o vinho, o vinho?, constitui uma espécie paradoxal de despiste, um jogo de cena, a que chamamos hoje de negociação, e cujo paradigma continua sendo a exemplaridade da versão homérica do mito das Sereias, em Odisséia, cuja divisa pressuposta é: para poder ouvir o canto das sereias, vale dizer, para negociar com o canto das diferenças, é mister ouvir sem se seduzir pela potência perturbadora do canto alheio, do canto da diversidade, configurando o modelo de uma negociação hipócrita, porque continua amarrada em seu lugar, em sua própria identidade, em sua própria visão de mundo, em seu próprio modelo civilizatório de gênero, de etnia, de classe, de antropocentrismo, vale dizer, continua amarrado no modelo dominante da heterossexualidade patriarcal, monogâmica, publicitária, plutocêntrica, antropocêntrica, anglo-saxônica, sendo, portanto, uma negociação que apenas negocia a si mesma, que usa e abusa das polifonias alheias para melhor afirmar a sua monotonia imperial, que lembra das diferenças de cultura, de civilizações, de devires outros, para esconjurá-los do quotidiano, do dia-a-dia; que lembra, enfim, porque esqueceu de vivê-las, de experimentá-las, sem mastros e sem farsantes negociações, porque está morto e já não pode ser senão ritual de lembranças, como sugere a continuação do mesmo poema de Herberto Helder:"Então lembrarei a vermelha resina, o espesso/ murmúrio do sangue./o acre e sobrenatural aroma das acácias./Tentarei encontrar uma forma. Guitarras pensarão a alegrias noturnas./Com beijos antigos um momento ainda queimarei/o corpo solitário da amada, direi palavras de uma ternura de azêbre./Uma lua partida penderá do meu sexo morto/ e uma vez mais me perderei, dizendo: o vinho?/ Rosa a rosa murcharão meus ombros"
15/08/2008
As Sereias....
"Escuta agora o que vou dizer-te; aliás, um deus de novo te recordará isso mesmo. Chegarás, primeiro, à região das Sereias, cuja voz encanta todos os homens que delas se aproximam. Se alguém, sem dar por isso, delas se avizinha e as escuta, nunca mais sua mulher nem seus filhos pequeninos se reunirão em torno dele, pois que ficará cativo do canto harmonioso das Sereias. Residem elas num prado, em redor do qual se amontoam as ossadas de corpos em putrefação, cujas peles se vão ressequindo. Prossegue adiante, sem parar; com cera doce com mel amolecida tapa as orelhas de teus companheiros, para que nenhum deles possa ouvi-las. Tu, se quiseres, ouve-as; mas, que em tua nau ligeira te atem pés e mãos, estando tu direito, ao mastro, por meio de cordas para que te seja dado experimentar o prazer de ouvir a voz das Sereias. Se acaso pedires e instares com teus homens que te soltem, que eles te prendam com maior número de ligaduras."
Homero, Ulisses
Homero, Ulisses
13/08/2008
01/08/2008
Se fosse assim tão fácil...
The wall that separates G.ho.st's Palestinian office in Ramallah from its office in the central Israeli town of Modiin." in New York Times
31/07/2008
Maybe not today....
O tempo dobra-se e regressa onde e quando menos se espera.
Temos sempre uma única esperança.
Fazer a escolha certa.
29/07/2008
O Dia Livro
Chega um dia mais branco
Mais página
Um dia livro para escrever
Abre-se um dia sem pré nem pós facio
Escrevem-se as horas sem pressa
Sem tempo
O dia amanhece com cheiro a novo
E segue…
Leva-nos o dia para outro dia
Anoitece
A noite tece outro dia sem livro
O dia livre ficou escrito na página anterior às horas
Anterior ao tempo
Fica a marca do dia
O caminho aberto para o dia sem tempo
O dia livro
A.M
Mais página
Um dia livro para escrever
Abre-se um dia sem pré nem pós facio
Escrevem-se as horas sem pressa
Sem tempo
O dia amanhece com cheiro a novo
E segue…
Leva-nos o dia para outro dia
Anoitece
A noite tece outro dia sem livro
O dia livre ficou escrito na página anterior às horas
Anterior ao tempo
Fica a marca do dia
O caminho aberto para o dia sem tempo
O dia livro
A.M
25/07/2008
24/07/2008
pessoas/people/gens/Leute/gente/люди/άνθρωποι/사람들/人々
As pessoas interessam-me. Sou capaz de pasmar a olhar para uma multidão, para um grupo, para um conjunto de pessoas, para uma pessoa. Cada pessoa transporta em si todas as questões que colocamos a nós próprios. Cada pessoa é boa e má, tem uma história que se adivinha ou se pode tentar adivinhar pelos gestos, pelas rugas, pelas roupas, e mesmo assim corremos sempre o risco de nos enganarmos. É o fantástico jogo de tentar contornar os nossos preconceitos. Às vezes tenho uns ataques mais fortes de Amor Universal, e amo todas as pessoas que vejo, mesmo sabendo que umas são "boas" outras são "más". Umas são criminosas outras são anjos...
São multiformas de uma massa, de uma espécie de plasticina que nasce vive e morre, neste contexto que lhes é dado, neste tabuleiro de jogo. Neste jogo da Glória.
Amo profundamente a humanidade!
Estava a tentar fazer uma imagem com imagens de pessoas e saiu assim... É impossível mostrar numa imagem o que disse, o que sinto mas fica aqui só para decorar...
19/07/2008
I stand in line...
The time is right your perfume fills my head, the stars get red
And oh the nights so blue
And then I go and spoil it all, by saying something stupid
Like: I love you
17/07/2008
14/07/2008
Songs from the Second Floor
Bingo!
Descobri, não conhecia, fiquei ligada!
Muitas vezes pressenti em cenas da vida quotidiana, um infindável potencial artístico. Ficava grávida de ideias em momentos aparentemente inócuos como uma rua, às sete da manhã, meia deserta, uma carruagem de metro em hora de ponta, um corredor de hospital... uma sala de espera... uma paragem de autocarro. Aqui está um exemplo do que por vezes vejo quando olho, visto pelos olhos de outra pessoa...
O filme é de 2000, o autor é o sueco Roy Andersson
Descobri, não conhecia, fiquei ligada!
Muitas vezes pressenti em cenas da vida quotidiana, um infindável potencial artístico. Ficava grávida de ideias em momentos aparentemente inócuos como uma rua, às sete da manhã, meia deserta, uma carruagem de metro em hora de ponta, um corredor de hospital... uma sala de espera... uma paragem de autocarro. Aqui está um exemplo do que por vezes vejo quando olho, visto pelos olhos de outra pessoa...
O filme é de 2000, o autor é o sueco Roy Andersson
13/07/2008
12/07/2008
Hoje foi assim...
Música
Sem pé
Voas sem pé
Sem vento
Longe do chão
Levas asas soltas
Soltas a luz
Saltas
Flutuas
Sem chão
Sem cabeça
Sem céu
Infinito trespassar do tempo
Sem eu
Sem tu
Sem pé
Voas sem pé
Sem vento
Longe do chão
Levas asas soltas
Soltas a luz
Saltas
Flutuas
Sem chão
Sem cabeça
Sem céu
Infinito trespassar do tempo
Sem eu
Sem tu
Crazy
Para acabar de vez com os preconceitos e conceitos e cenários e outros atalhos e sarilhos e saralhos....
11/07/2008
20/06/2008
Divina Tragédia
Há dias em que sentimos o corpo desfazer-se em poeira
e as estrêlas que polvilham a noite negra abrem-se em leque
e o que sobra é o silêncio de sermos nada
sobre a explosão de sermos tudo
11/06/2008
Férias
Uma cigana que nos leia a palma das mãos, ou as cartas, ou a bola de cristal.
Ou o verão que chega, por fim
ou um bom filme, como este Gadjo Dilo
Ou uma boa ciganice, pelo sul
e um bom livro
Férias!
The Lovers
THE LOVERS
Basic Card Symbols
An angel or cupid, a man and a woman, two trees (in Waite, it is Adam & Eve with one tree having a serpent and apples) - in some decks one tree is flowering, but the other has fruit. Also in some decks there is a man standing between two women.
Basic Tarot Story
The Fool comes to a cross-road, filled with energy, confidence and purpose, knowing exactly where he wants to go and what he wants to do. But he comes to a dead stop. A flowering tree marks the path he wants to take, the one he's been planning on taking. But standing before a fruit tree marking the other path is a woman. He's met and had relationships with women before, some far more beautiful and alluring. But she is different. Seeing her, he feels as though he's just been shot in the heart with cupid's arrow, so shocking, so painful is his "recognition" of her. As he speaks with her, the feeling intensifies; like finding a missing part of himself, a part he's been searching for his life long. It is clear that she feels the same about him. They finish each others sentences, think the same thoughts. It is as if an Angel above had introduced their souls to each other. Though it was his plan to follow the path of the flowering tree, and though it will cause some trouble for him to bring this woman with him, to go somewhere else entirely, the Fool knows he dare not leave her behind. Like the fruit tree, she will fulfill him. No matter how divergent from his original intent, she is his future. He chooses her, and together they head down a whole new road.
Basic Tarot Meaning
Originally, this card was called just LOVE. And that's actually more apt than "Lovers." Love follows in this sequence of growth and maturity. And, coming after the Emperor, who is about control, it is a radical change in perspective. LOVE is a force that makes you choose and decide for reasons you often can't understand; it makes you surrender control to a higher power. And that is what this card is all about. Finding something or someone who is so much a part of yourself, so perfectly attuned to you and you to them, that you cannot, dare not resist. In interpretation, the card indicates that the querent has come across, or will come across a person, career, challenge or thing that they will fall in love with. They will know instinctively that they must have this, even if it means diverging from their chosen path. No matter the difficulties, without it they will never be complete.
Thirteen's Observations
The Lovers is a confusing card as it is ruled not by an emotional water sign but by airy Gemini. The original trump featured a man and a woman with a cupid above them about to shoot his dart. Later this became three figures, the interpretation being a man choosing between two women, or a man meeting his true love with the help of a matchmaker. Still later, with Waite, we have an Angel above Adam and Eve. The Angel stands for Raphael, who is emblematic of Mercury and Air, planet and element of Gemini. Gemini is the communications sign. It's all about messages and making contact; also, as it is the card of the twins, it's about finding your other self. In this regard, you can see that the Lovers card begins to make sense. Especially if you change it back to "LOVE." Here is a card about perfect communication, about finding something your soul requires. In this regard, its most common interpretation about being "A Choice" makes sense. When this card appears, you are being told to trust you instincts, to choose this career, challenge, person or thing you're so strongly drawn to, no matter how scary, how difficult, irrational or troublesome - without it, you will never be wholly you. It's sudden and unexpected, and it means a compete change in plans; but this is LOVE. True love. Go for it!
15/05/2008
11/05/2008
27/04/2008
23/04/2008
16/04/2008
15/04/2008
Atenção!
Autoridades financeiras e de bancos de desenvolvimento de todo o mundo pediram uma acção urgente para interromper o aumento do preço dos alimentos, enquanto o relatório da ONU pelo direito à alimentação condenou a expansão dos biocombustíveis.
«Quando alguém inicia, nos Estados Unidos, uma política de seis mil milhões de subsídios, uma política de biocombustíveis que drena 138 milhões de toneladas de milho do mercado de alimentos, estão estabelecidas as bases de um crime contra a humanidade», acusou o sociólogo suíço Jean Ziegler, da ONU, em entrevista ao jornal Libération.
Já representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial alertaram para um crescimento dos distúrbios sociais caso o custo dos insumos básicos não seja contido.
A França, segundo país europeu produtor de biocombustíveis, atrás da Alemanha, está preocupada, mesmo não sendo «a Europa quem desestabiliza o mercado mundial de alimentos», disse o ministro da Agricultura Michel Barnier.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de biocombustíveis, com etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.
Reuters/SOL
«Quando alguém inicia, nos Estados Unidos, uma política de seis mil milhões de subsídios, uma política de biocombustíveis que drena 138 milhões de toneladas de milho do mercado de alimentos, estão estabelecidas as bases de um crime contra a humanidade», acusou o sociólogo suíço Jean Ziegler, da ONU, em entrevista ao jornal Libération.
Já representantes do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial alertaram para um crescimento dos distúrbios sociais caso o custo dos insumos básicos não seja contido.
A França, segundo país europeu produtor de biocombustíveis, atrás da Alemanha, está preocupada, mesmo não sendo «a Europa quem desestabiliza o mercado mundial de alimentos», disse o ministro da Agricultura Michel Barnier.
O Brasil é um dos maiores produtores mundiais de biocombustíveis, com etanol produzido a partir da cana-de-açúcar.
Reuters/SOL
04/04/2008
31/03/2008
23/03/2008
15/03/2008
Os continentes da Leitura
Augusto dizia: A existência divide-se em três continentes, o do poder, o da procura do segredo das coisas, e o do amor, e não há entre eles formas unificadoras possíveis.
Augusto era o companheiro da escritora Maria Gabriela Llansol. Gabriela llansol dizia: "Nos meus textos recusei desde logo o primeiro continente, abandonando o poder nas mãos do Princípe, a que opus o rebelde e o pobre. Ainda me senti tentada a procurar descobrir um dos segredos do universo. Foi tentação breve porque me horrorizava o esquematismo das construções e o étereo das explicações(...) foi no outro continente que eu tenho provavelmente mais vivido, mas como não é doce, nem feito de boa-vontade, como não faz bem, apesar de não desejar o mal, porque a intensidade consome, demorei a identificá-lo, na estranheza que definitivamente o define.As figuras que , comigo, percorrem este texto não procuram outro continente a todos os títulos desconhecido. Antes de lá se chegar, quando se lá está, quando dele se é expulso pela morte"
Gabriela Llansol partiu deste mundo no princípio do mês de Março.
Os seus livros fazem parte dos meus melhores momentos de leitura.
Obrigada.
Augusto era o companheiro da escritora Maria Gabriela Llansol. Gabriela llansol dizia: "Nos meus textos recusei desde logo o primeiro continente, abandonando o poder nas mãos do Princípe, a que opus o rebelde e o pobre. Ainda me senti tentada a procurar descobrir um dos segredos do universo. Foi tentação breve porque me horrorizava o esquematismo das construções e o étereo das explicações(...) foi no outro continente que eu tenho provavelmente mais vivido, mas como não é doce, nem feito de boa-vontade, como não faz bem, apesar de não desejar o mal, porque a intensidade consome, demorei a identificá-lo, na estranheza que definitivamente o define.As figuras que , comigo, percorrem este texto não procuram outro continente a todos os títulos desconhecido. Antes de lá se chegar, quando se lá está, quando dele se é expulso pela morte"
Gabriela Llansol partiu deste mundo no princípio do mês de Março.
Os seus livros fazem parte dos meus melhores momentos de leitura.
Obrigada.
08/03/2008
Dia Internacional da Mulher
Ontem vi um documentário na RTP2 sobre a vida da actriz italiana Ana Magnani. Não conhecia os detalhes da sua personalidade e fiquei encantada. A minha Marylin está agora acompanhada pelo seu oposto. E juntas completam-se. E as mulheres são assim: Marylins e Magnanis, luz e a sombra sempre a baralharem-se no nosso caminho...
27/02/2008
14/02/2008
Nota de Falecimento
Nota de Falecimento
SOLICITA-SE PIEDOSAMENTE, A CADA UM QUE TOMAR CONHECIMENTO DA PRESENTE NOTA, A RETRANSMISSÃO URGENTE PARA A TOTALIDADE DE SEUS CATÁLOGOS DE ENDEREÇOS, DE MODO QUE, O MAIS RAPIDAMENTE POSSÍVEL, O MUNDO SAIBA:
Passado um século do Anúncio da Morte de Deus, realizado pelo famoso astro da Filosofia Alemã Friederich Nietzche, e compungidos pela Grande Dor de Igrejas Instituídas, Cultos Tradicionais e demais Organizações Religiosas, tão repentinamente privadas do Precioso Auxílio, cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento, nesta cidade, na data de 21 do corrente, Equinócio da Primavera do ano 2000, do senhor LÚCIFER SATÃ ASMODEU, confirmando assim, para todos os efeitos, que O DEMÔNIO MORREU!
Com o imprevisto passamento ficam viúvos e órfãos o Mundo das Trevas, as Profundas do Inferno, o Espírito do Mal, as Paixões Espúrias, os Crimes Hediondos e Demais Pecados, capitais, estaduais e municipais.
Aos Pastores e Bispos Televisivos, aos Advogados do Diabo, aos Defensores da Fé Pública e aos Inquisidores e Auto-Flageladores de todas as Linhagens, enviamos nossos Pêsames pela extensão da Grande Perda sofrida.
O Corpo estará sendo velado no Cemitério de São Pedro, em São Paulo, por seus Amigos, que rogam a todos para evitar o envio de flores. As Cinzas, após a incineração, serão lançadas à Foz do Rio Iguaçu, apesar dos protestos da população local.
Comando FÊNIX
SOLICITA-SE PIEDOSAMENTE, A CADA UM QUE TOMAR CONHECIMENTO DA PRESENTE NOTA, A RETRANSMISSÃO URGENTE PARA A TOTALIDADE DE SEUS CATÁLOGOS DE ENDEREÇOS, DE MODO QUE, O MAIS RAPIDAMENTE POSSÍVEL, O MUNDO SAIBA:
Passado um século do Anúncio da Morte de Deus, realizado pelo famoso astro da Filosofia Alemã Friederich Nietzche, e compungidos pela Grande Dor de Igrejas Instituídas, Cultos Tradicionais e demais Organizações Religiosas, tão repentinamente privadas do Precioso Auxílio, cumprimos o doloroso dever de comunicar o falecimento, nesta cidade, na data de 21 do corrente, Equinócio da Primavera do ano 2000, do senhor LÚCIFER SATÃ ASMODEU, confirmando assim, para todos os efeitos, que O DEMÔNIO MORREU!
Com o imprevisto passamento ficam viúvos e órfãos o Mundo das Trevas, as Profundas do Inferno, o Espírito do Mal, as Paixões Espúrias, os Crimes Hediondos e Demais Pecados, capitais, estaduais e municipais.
Aos Pastores e Bispos Televisivos, aos Advogados do Diabo, aos Defensores da Fé Pública e aos Inquisidores e Auto-Flageladores de todas as Linhagens, enviamos nossos Pêsames pela extensão da Grande Perda sofrida.
O Corpo estará sendo velado no Cemitério de São Pedro, em São Paulo, por seus Amigos, que rogam a todos para evitar o envio de flores. As Cinzas, após a incineração, serão lançadas à Foz do Rio Iguaçu, apesar dos protestos da população local.
Comando FÊNIX
09/02/2008
23/01/2008
16/01/2008
Depois do Capitalismo, What?
Extracto de um texto que pode ser lido na íntegra aqui .
"De forma irónica, as nossas elites dominantes, na sua tentativa de construir um estado securitário corporativo apoiado em bases de dados, mostraram não apenas as suas verdadeiras intenções e, agradecemos, a sua incompetência total (não que isso os torne menos perigosos, mas pelo menos expõe o grupo de bandidos incompetentes que eles são). Dão-nos saudades dos ganguesteres doutrora, como Churchill, pelo menos eles tinham um plano e uma burocracia funcionante e algum sentido do seu lugar no esquema das coisas.
E não é difícil entrar nas mentes destes ‘génios’ corporativos (já lá estive). Obcecados com a alegada omnipotência da tecnologia e com a tentação do dinheiro fácil (o nosso), eles instalam-se em luxuosos gabinetes, admirando apresentações de Powerpoint, gráficos, e coisas do género, fazendo parecer que tudo é como um passeio no jardim. E se fizerem asneira (o que acontece a toda a hora), eles pegam nos seus bónus e simplesmente lavam daí as suas mãos, deixando que um outro grupo de aldrabões venha tentar compor as coisas (e ganhar mais uns milhões). E estamos a falar de biliões de libras/dólares/euros de dinheiro público deitado pela sanita abaixo. As nossas classes dominantes são um verdadeiro desastre de proporções globais."
"De forma irónica, as nossas elites dominantes, na sua tentativa de construir um estado securitário corporativo apoiado em bases de dados, mostraram não apenas as suas verdadeiras intenções e, agradecemos, a sua incompetência total (não que isso os torne menos perigosos, mas pelo menos expõe o grupo de bandidos incompetentes que eles são). Dão-nos saudades dos ganguesteres doutrora, como Churchill, pelo menos eles tinham um plano e uma burocracia funcionante e algum sentido do seu lugar no esquema das coisas.
E não é difícil entrar nas mentes destes ‘génios’ corporativos (já lá estive). Obcecados com a alegada omnipotência da tecnologia e com a tentação do dinheiro fácil (o nosso), eles instalam-se em luxuosos gabinetes, admirando apresentações de Powerpoint, gráficos, e coisas do género, fazendo parecer que tudo é como um passeio no jardim. E se fizerem asneira (o que acontece a toda a hora), eles pegam nos seus bónus e simplesmente lavam daí as suas mãos, deixando que um outro grupo de aldrabões venha tentar compor as coisas (e ganhar mais uns milhões). E estamos a falar de biliões de libras/dólares/euros de dinheiro público deitado pela sanita abaixo. As nossas classes dominantes são um verdadeiro desastre de proporções globais."
07/01/2008
A propósito da morte...e do Anarquismo
"Escrevo como um profissional, à linha, as palavras pouco importam, são ambíguas e inúteis. As palavras não somos nós. E tu, leitor, és um pretexto: testemunha, confidente, cúmplice, vítima ou juiz, jamais nos conheceremos, jamais saberás quem sou, onde te minto, onde chorei, onde nos podíamos ambos rir a bom rir da nossa pavorosa condição de gente morta ou gente que vai morrer."
Luís Pacheco - 2005-2008
Luís Pacheco - 2005-2008
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