16/01/2008

Depois do Capitalismo, What?

Extracto de um texto que pode ser lido na íntegra aqui .

"De forma irónica, as nossas elites dominantes, na sua tentativa de construir um estado securitário corporativo apoiado em bases de dados, mostraram não apenas as suas verdadeiras intenções e, agradecemos, a sua incompetência total (não que isso os torne menos perigosos, mas pelo menos expõe o grupo de bandidos incompetentes que eles são). Dão-nos saudades dos ganguesteres doutrora, como Churchill, pelo menos eles tinham um plano e uma burocracia funcionante e algum sentido do seu lugar no esquema das coisas.
E não é difícil entrar nas mentes destes ‘génios’ corporativos (já lá estive). Obcecados com a alegada omnipotência da tecnologia e com a tentação do dinheiro fácil (o nosso), eles instalam-se em luxuosos gabinetes, admirando apresentações de Powerpoint, gráficos, e coisas do género, fazendo parecer que tudo é como um passeio no jardim. E se fizerem asneira (o que acontece a toda a hora), eles pegam nos seus bónus e simplesmente lavam daí as suas mãos, deixando que um outro grupo de aldrabões venha tentar compor as coisas (e ganhar mais uns milhões). E estamos a falar de biliões de libras/dólares/euros de dinheiro público deitado pela sanita abaixo. As nossas classes dominantes são um verdadeiro desastre de proporções globais."

07/01/2008

A propósito da morte...e do Anarquismo

"Escrevo como um profissional, à linha, as palavras pouco importam, são ambíguas e inúteis. As palavras não somos nós. E tu, leitor, és um pretexto: testemunha, confidente, cúmplice, vítima ou juiz, jamais nos conheceremos, jamais saberás quem sou, onde te minto, onde chorei, onde nos podíamos ambos rir a bom rir da nossa pavorosa condição de gente morta ou gente que vai morrer."

Luís Pacheco - 2005-2008