O Artigo publicado no suplemento do jornal Público, Y, intitulado:
"Portugal na arte O "grand tour" não é para nós" assinado por Óscar Faria e Vanessa Rato, está, de facto, bem resumido no título escolhido. O que os jornalistas querem deixar bem claro é que os artistas portugueses estão fora do "Créme de la Créme", como eles dizem, da Arte Internacional. Ou seja a bienal de Veneza, e as grande Feiras de Basileia, Kassel e Münster. Por acaso logo mais à frente falam de uma artista presente na Bienal de Veneza, Ângela Ferreira.
Mas, porque não questionam como funcionam essas grandes Feiras de Arte? Porque não tentam levantar um pouco o véu dos actuais circuitos comerciais da Arte Contemporânea? Porque se agarram à paranoia nacional de dizer mal de Portugal e do que é Português? Em Portugal há muitos bons artistas outros menos bons e outros maus. Como em todo o lado. Mas, será que essas Grandes Feiras escolhem de facto o melhor? Ou os critérios passam por muitas outras artes e manhas, das quais o cidadão comum, que lê o Y, desconhece os meandros? Porque é que a cabeça das pessoas que escrevem nos jornais está tão formatada e contagiada pelo menor denominador comum?