30/06/2007

Digam o que disserem...


Tenho saudades do tempo Clinton/Gore nos USA.
Por falar nisso visitem o site da Fundação Clinton e vejam o filme An Inconvenient Truth

24/06/2007

Quero acreditar...

O portugal futuro é um país aonde o puro pássaro é possível e sobre o leito negro do asfalto da estrada as profundas crianças desenharão a giz esse peixe da infância que vem na enxurrada e me parece que se chama sável.
Mas desenhem elas o que desenharem é essa a forma do meu país e lhe chamem elas o que lhe chamarem portugal será e lá serei feliz.
Poderá ser pequeno como este ter a oeste o mar e a espanha a leste tudo nele será novo desde os ramos à raiz.
À sombra dos plátanos as crianças dançarão e na avenida que houver à beira-mar pode o tempo mudar será verão.
Gostaria de ouvir as horas do relógio da matriz mas isso era o passado e podia ser duro edificar sobre ele o portugal futuro.

Ruy Belo
"Portugal Futuro", Palavra[s] de Lugar, in Homem de Palavra[s]

20/06/2007

Segurem-me!!!!

Já tinha ouvido falar nestas polémicas no site da Câmara Municipal do Porto, mas nunca tinha assistido a nenhuma... É mesmo verdade! ora vejam aqui: http://www.cm-porto.pt/gen.pl?p=stories&op=view&fokey=cmp.stories/6780.

O que se passa é que o Director Adjunto do Jornal de Notícias, enquanto cidadão, participou numa manifestação contra a decisão camarária de ceder o RIVOLI à exploração das produções Filipe La Feria.
Logo a Câmara daí concluiu que isso é uma prova de como o JN está metido numa conspiração anti-autarquia e logo aí começa um desvario de comentários e todos se envolvem numa espécie de peixeirada sem rei nem roque.

É fantástico! Faz-me lembrar aquelas cenas do Herman José , do Nosso Engenheiro, em que a certa altura todos se levantam e começam a oferecer pancada uns aos outros... não fosse a questão tão grave, dava vontade de rir.

16/06/2007

MINISTROS DA AGRICULTURA OPTAM PELA CONTAMINAÇÃO

No Conselho de Agricultura , em Bruxelas os Ministros europeus aprovaram uma autorização de contaminação dos alimentos biológicos com organismos transgénicos (OGM). Trata-se da revisão do Regulamento da agricultura biológica, que até agora previa tolerância zero à presença de OGM contaminantes. Com a decisão de hoje passará a permitir-se até 0,9% de OGM "adventícios ou tecnicamente inevitáveis". O Parlamento Europeu tinha votado maioritariamente contra esta abertura da agricultura biológica à contaminação transgénica na sua sessão de Março passado, em sintonia aliás com sondagens oficiais que apontam para um público intransigente na defesa de uma alimentação livre de transgénicos em todos os Estados-Membros. Segundo Margarida Silva, da Plataforma Transgénicos Fora, "Esta decisão mostra que as promessas de direito à escolha para os consumidores foram abandonadas. Os governos sabem que os OGM causam uma contaminação inevitável de toda a agricultura. Lamentavelmente preferiram sacrificar a agricultura biológica e o que ela significa de sustentável no altar de uma tecnologia perigosa cujo intuito final é concentrar o direito a semear nas mãos de meia dúzia de grandes multinacionais. O facto de a agricultura biológica ser o modo de produção em maior crescimento, de apresentar tanto potencial para combater o desemprego e de responder às aspirações dos consumidores não contou para nada." Face a esta abertura política à contaminação, tanto na agricultura convencional como biológica, a Comissão Europeia tem vindo a posicionar-se como vendo o limiar de 0,9% como um patamar de contaminação "aceitável", e não apenas "inevitável". Tal atitude deixa antever um abrir progressivo das portas à presença de OGM nos alimentos uma vez que, tal como a experiência no continente americano mostra claramente, a contaminação é cumulativa e tende a agravar-se em poucos anos. O dia de hoje marca o fim do direito dos consumidores europeus a consumir alimentos totalmente livres de transgénicos. Recorde-se que a esmagadora maioria dos cidadãos europeus (71%) não quer consumir quaisquer OGM, face à incerteza associada a esta tecnologia e aos riscos que acarreta para a saúde humana, para a sociedade e para o ambiente. De notar que as sementes transgénicas são patenteadas e que uma só empresa, a Monsanto, controla 91% do mercado mundial de todos os OGM.

11/06/2007

Assustada

As imagens da recepção do Papa ao Bush deviam ter bolinha no canto superior direito... Um verdadeiro filme de Terror! E depois eles a disfarçarem... que tinham conversado sobre a paz mundial... que tinham falado sobre os males do mundo, sim..sim... está-se mesmo a ver...
Fico assustada e por isso apetece-me rezar.
Não vejam aqui nenhuma incongruência. Quem me conhece percebe o que digo.

Priére Simple


Encontrei há muitos anos na feira da ladra um pequeno quadrinho de madeira com esta oração de S. Francisco. Ainda hoje a guardo em lugar de destaque na minha casa. Gosto de orações e desta especialmente.

Seigneur, faites de moi un instrument de votre Paix!
Lá ou il y a de la haine, que je mette lámour.
Lá ou il y a lóffense, que je mette le pardon.
La ou il y a la discorde, que je mette l'union.
Lá ou il y a l'eurrer, que je mette la verité.
Lá ou il y a la doute, que je mette la foi.
Lá ou il y a le désespoir, que je mette léspérence.
Lá ou il y a les ténebres, que je mette votre lumiére.
Lá ou il y a la tristesse que je mette la joie.
Oh Maitre que je ne cherche pas tant à être consolé... qu'à consoler;
à être compris....qu'à comprendre;
à être aimeé... qu'à aimer.

Car

C'est en donnant ... qu'on reçoit;
C'est en oubliant... qu'on trouve;
C'est en pardonnant qu'on est pardonné;
C'ést en mourant qu'on ressuscite à l'eternelle vie.

S. François

10/06/2007

Einstein , outra vez...

Há mais de meio século, Bertrand Russell e Albert Einstein emitiram um apelo extraordinário aos povos do mundo, alertando-os para que enfrentem uma escolha que é «clara, terrível e inevitável: Deveremos pôr fim à espécie humana; ou deve a humanidade renunciar à guerra?». A aceitação do chamado “sistema de defesa de mísseis” faz essa escolha, a favor do fim da espécie humana, talvez num futuro não muito distante.

Noam Chomsky

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08/06/2007

Notícias de Serralves

Já agora a propósito do jornalismo e de Arte Contemporânea visitem o Blogue do Alexandre Pomar . Aqui fica um bocadinho de um texto sobre negócios imobiliários e o Museu de Serralves... Vejam o resto em: A festa discreta de Serralves

"Mas deve perceber-se que arte é essa, que papel ela cumpre, que relações tem com o poder, por que é que certos tipos de arte, de artistas, comissários e directores se prestam melhor que outros à integração institucional. E deve haver alguma vigilância sobre estes negócios entre a cidade, a iniciativa e/ou a ganância privada e o que se pode chamar a arte institucional.Houve artistas que realizavam para os museus e outros lugares institucionais obras de "denúncia" destes compromissos ou instrumentalizações, como Hans Haacke, mas sempre me pareceu que já contavam com a infinita capacidade de recuperação e integração do poder democrático e que as obras eram feitas de maneira a interessar apenas o meio da arte - tornando-se tudo isso tão irrelevante ou prejudicial como as movimentações dos esquerdismos."

O "Grand Tour" e o "Petit Journalisme"

O Artigo publicado no suplemento do jornal Público, Y, intitulado: "Portugal na arte O "grand tour" não é para nós" assinado por Óscar Faria e Vanessa Rato, está, de facto, bem resumido no título escolhido. O que os jornalistas querem deixar bem claro é que os artistas portugueses estão fora do "Créme de la Créme", como eles dizem, da Arte Internacional. Ou seja a bienal de Veneza, e as grande Feiras de Basileia, Kassel e Münster. Por acaso logo mais à frente falam de uma artista presente na Bienal de Veneza, Ângela Ferreira.
Mas, porque não questionam como funcionam essas grandes Feiras de Arte? Porque não tentam levantar um pouco o véu dos actuais circuitos comerciais da Arte Contemporânea? Porque se agarram à paranoia nacional de dizer mal de Portugal e do que é Português? Em Portugal há muitos bons artistas outros menos bons e outros maus. Como em todo o lado. Mas, será que essas Grandes Feiras escolhem de facto o melhor? Ou os critérios passam por muitas outras artes e manhas, das quais o cidadão comum, que lê o Y, desconhece os meandros? Porque é que a cabeça das pessoas que escrevem nos jornais está tão formatada e contagiada pelo menor denominador comum?

07/06/2007

Onde estão as Abelhas?


Albert Einstein prévenait l’humanité: “Si l’abeille disparaissait de la surface du globe, l’homme n’aurait plus que quatre années à vivre, plus de pollinisation, plus d’herbe, plus d’animaux, plus d’hommes



Au mois de décembre 2006, l’Université de Pensylvannie mena une enquête auprès de divers apiculteurs de la région est des USA . Ces apiculteurs (possédant entre 200 et 3000 ruches) avaient enregistré des pertes de 30 à 90 % de leur rucher. Chez un apiculteur, seules 9 colonies avaient survécu sur 1200. Sur l’ensemble des USA, depuis la fin de l’automne 2006, les pertes enregistrées sont de l’ordre de 60 % sur la côte ouest et jusqu’à 90 % dans certains états de l’est et du sud du pays. Selon les dernières estimations, ce sont près de 1,5 million de colonies qui seraient mortes aux États-Unis et 27 États sont touchés. Rappelons que le nombre de ruches était de 6 millions en 1947 et de seulement 2,4 millions en 2005. En France, la perte des colonies est estimée entre 300 000 et 400 000 chaque année, et ce depuis 1995. L’hiver 2005/2006 fut particulièrement dramatique qui vit la disparition de 15 à 95 % des colonies, en fonction des apiculteurs. En Martinique, en avril 2007, un apiculteur a perdu 200 colonies en l’espace de quelques jours.Au Québec, l’hiver passé, en moyenne, 40 % des ruches sont portées vides. Certains apiculteurs, cependant, ont perdu jusqu’à 75 % et même 100 % de leurs colonies.Dans l’Ontario, au Canada, l’hiver passé, ce sont jusqu’à 60 % des ruches qui sont portées désertées chez certains apiculteurs et près de 40 % du rucher national.
Les chiffres avancés sont de 400 000 ruches vides pour la Pologne, 600 000 ruches vides pour l’Espagne.En Allemagne, selon Manfred Hederer, le président de l’Association Allemande des Apiculteurs, 25 % des colonies auraient été décimées mais certains apiculteurs rapportent jusqu’à 80 % de pertes dans leur rucher. A Taiwan, en avril 2007, les premières informations ont été publiées d’une disparition mystérieuse des abeilles: un apiculteur a rapporté la perte de 80 de ses 200 ruches.En Suisse, certaines régions déplorent la perte de
80 % des colonies. Les pertes nationales seraient de l’ordre de 30 % mais certains apiculteurs ont perdu la totalité de leurs colonies. Il y avait 45 000 apiculteurs en Suisse en 1900. Il en reste actuellement 19 000 mais ce chiffre est à la baisse. Durant l’entre-deux-guerres, il y avait 350 000 ruches. Il en reste aujourd’hui 190 000. Le syndrome d’effondrement des ruches sévit également au Portugal, en Grèce, en Autriche, en Angleterre. Le syndrome d’effondrement des ruches est-il un ultimatum? Est-ce un appel désespéré des abeilles afin de réveiller l’humanité?


Obs: Para os menos francófonos "Ruche" quer dizer colmeia

06/06/2007

Democracia


06-06-2007 -Público on line
A frase "Wo ist demokratie" (Onde está a democracia) escrita no chão, a poucos centímetros de uma primeira linha da polícia alemã anti-motim, na estrada entre Bad Doberan e a estância turística de Heiligendamm. Dezenas de milhares de pessoas tê-se manifestado contra a cimeira do G8, que decorre entre hoje e sexta-feira.